Em 18 de agosto, o Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB) apresentou em São Paulo o Fórum CICB Automotivo, com o objetivo de discutir os pilares e tendências que estão impactando o segmento automotivo.
O Fórum foi realizado presencialmente na Escola Senai Francisco Matarazzo e transmitido virtualmente, com a presença de palestrantes profissionais e empresas que são referência neste segmento para abordar caminhos para o crescimento do setor, além de contar com uma seção de mostra de assentos automotivos inovadores e couros.
O evento foi criado especificamente para conectar pessoas e empresas pertencentes a este segmento (como curtumes, indústrias de manufatura de revestimento, entidades, grupos concessionários e distribuidores).
O segmento automotivo é um dos principais clientes da indústria brasileira de couro e o uso dele em revestimentos automotivos tem crescido em todo o mundo. Estima-se que o setor automotivo vá absorver mais de 20% dos couros feitos no mundo nos próximos anos.
Com a mediação do presidente do Sindicato da Indústria do Curtimento de Couros e Peles (SINDICOURO), Jerson do Nascimento Jr, a mesa-redonda contou com as participações do especialista em revestimentos para o after market Wevilon Kairon, do diretor de pesquisa e desenvolvimento da JBS Couros Ramon Souza Dela Torres, o especialista em revestimento Erico Miotto e o diretor comercial da TFL Mauri Barbieri.
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Jerson agradeceu os nomes que fizeram possível o evento e contextualizou o início da exportação de veículos e sua mudança ao longo dos anos. “No início da década de 90, nosso ex-presidente Fernando Collor de Mello, abriu as portas para a exportação de veículos e em Franca lojas começaram a importar seus veículos, mas eles tinham algo em comum, bancos de couro[...]. Em 1994 o trabalho era diferente, quanta tecnologia embarcou e como evoluímos de 94 para cá”.
Palestras
Durante o evento, o gestor de inteligência comercial do CICB compartilhou sobre a indústria automotiva, números, evolução, prognósticos de produção e uso do couro – no qual, no ponto de vista dele, o setor tem um peso na economia do país e o Brasil é o protagonista. “Representamos 244 unidades, destas, 160 são exportadoras, o que gera um faturamento de 10 bilhões de reais ao ano. As exportações do setor são de 1,5 bilhões de dólares. Isso é uma média dos últimos 5 anos. O Brasil, portanto, é o 3° maior exportador mundial”, explicou Rogério Cunha.
Contando sua trajetória de mais de 22 anos, Kairon de Oliveira falou sobre seu percurso e a visão da tapeçaria sabre o couro e o desejo do consumidor final. Oliveira ainda destacou que via a tapeçaria como uma oportunidade. “Eu não amava tapeçaria, eu aprendi a amar. Quando eu comecei a ver os valores que a tapeçaria tinha, eu comecei a me sentir importante em fazer aquilo e com isso, eu achei que poderia mudar vidas, momentos e histórias com o meu trabalho”.
Expert no setor, diretor de pesquisa e de desenvolvimento da JBS Couros, Ramon Souza, falou sobre testes, certificações e detalhes exclusivos da produção de couro para o setor. “Hoje eu estou como responsável da área técnica da JBS couros. A JBS colabora com o volume de exportação e mercado interno [...] O nosso couro ele tem aptidão, então quando falamos de estofamento seja na área de automotivos ou na área de mobília, é um couro bem requisitado pelos clientes a nível global” destacou.
A Tapeçaria Alemão é uma empresa com vasta tradição de revestimentos em couro para o setor automotivo, seu diretor, Erico Miotto, falou sobre sua trajetória e atributos do couro na decisão do consumidor final.
“A Tapeçaria Alemão está presente desde 1984, então nós participamos das transições de consumo do couro no mercado. Ainda não tinha a abertura do comercio para importação de veículos, então trabalhava-se muito o veículo como um patrimônio, se mantinha muito a sua conservação e diante isso trabalhava-se a parte interna, a reforma dos bancos de tecido. Uma manutenção, era assim que era a tapeçaria no início da minha trajetória”
Finalizando as palestras com uma multinacional, o último palestrante foi o diretor comercial da TFL do Brasil, Mauri Barbieri, que apresentou inovações e novas tecnologias. Também deu um breve resumo do que é a TFL do Brasil. “Significa Together For the leather, juntos para o couro. Uma formação de três multinacionais alemãs e suiças que se juntaram em 1994 para formar uma empresa exclusivamente voltada para a produção de químicos para o couro. Nós somos os fornecedores de curtumes do mundo inteiro”.
Um evento com patrocínio gold de JBS Couros, patrocínio silver TFL do Brasil, apoio SENAI e SINDICOURO.
Fonte: Ingrid Mendes